Parece-me que estou vivendo num mundo à parte ou, como ironizaram, num universo paralelo. A certeza de que a maioria das pessoas são infelizes choca-me. Nada parece bastar aos que seguem a cartilha-padrão de “como viver”. Então tudo que se consegue não sacia a sede das almas que andam rolando perdidas por aí. O rio deságua no mar e ele nunca se enche. Tudo é pouco para quem não sabe o que fazer de si. E quanto menos se sabe maior é a necessidade de encontrar um outro que constitua o lugar de onde tirar a força que não se tem. E todos descem ladeira abaixo.
Dizer-se feliz soa como ofensa. O riso no rosto alheio é uma acusação aos que se alimentam e continuam com fome. De quê, meu Deus? E a resposta é Deus.
Ser feliz é pão de sal com manteiga e café. É tudo tão simples que as pessoas perderam a mão, o juízo e o jeito de ser gente.